terça-feira, 21 de novembro de 2017

Justiça pode reverter hoje a soltura do "trio de ouro" do PMDB na Alerj

Se há alguma coisa boa na votação da última sexta na ALERJ é que o eleitor fluminense pode conhecer nominalmente os integrantes da quadrilha de Picciani naquela casa. Não há mais como se esconder. Todas as máscaras caíram.


TRF tem nova sessão extraordinária sobre Picciani, Albertassi e Paulo Melo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) volta a discutir nesta terça-feira, em sessão extraordinária, o processo da Operação Cadeia Velha que determinou a prisão dos deputados do PMDB Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, já soltos por decisão da Alerj. Por unanimidade, desembargadores federais do TRF-2 decidiram na quinta pelas prisões dos deputados. Os três integram a cúpula do PMDB no estado e são investigados pela Operação Cadeia Velha, que apura a prática dos crimes de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas pela presidência da Alerj e outros cargos na Casa. Os parlamentares foram presos, mas soltos no fim da tarde de sexta-feira da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, após decisão da Alerj. De acordo com o TRF-2, a sessão pública é para tratar da "medida cautelar penal" referente à ação, mas não deu mais detalhes. Na sexta, a Alerj determinou não só a soltura mas também a retomada do cargo público. O MPF já havia manifestado contrariedade com a decisão, entendendo que o afastamento do trabalho parlamentar seria automático, e o tema deve ser tratado no julgamento. Além disso, na sexta, os três parlamentares foram colocados em liberdade sem que um documento fosse expedido pela Justiça. Minutos após a votação na Assembleia, um funcionário da Casa já chegava ao presídio para apresentar o alvará de soltura. Há a possibilidade do tema também ser tratado pelos desembargadores. Picciani e Albertassi já informaram que vão se licenciar do trabalho na Assembleia, enquanto Paulo Melo vai se decidir nesta terça. Mas a decisão judicial pode acabar tornando a saída obrigatória, e não meramente opcional. MPRJ tenta anular sessão que determinou soltura Além da sessão na Justiça Federal, a Justiça Estadual também deve apreciar um pedido que pode interferir no processo contra os deputados. O Ministério Público do Rio pediu que a sessão de sexta seja anulada. Na ocasião, por 39 votos a 19, os parlamentares pediram a soltura dos peemedebistas. De acordo com o MPRJ, ela deve se tornar nula porque havia uma decisão judicial para que as galerias fossem abertas ao povo, mas somente funcionários da Casa puderam assistir à votação.

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