quinta-feira, 6 de novembro de 2014


PT fora do secretariado de Pezão

Racha com o PMDB, partido do governador, começou durante a campanha eleitoral

Constança Rezende

Rio - O rompimento do PT com o PMDB no governo do estado permanecerá, se levadas em conta as primeiras definições das secretarias do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). O nome de deputado estadual Pedro Fernandes , do Solidariedade, já tem sido dado como certo para continuar na Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos — a pasta era ocupada pelo PT até o início deste ano.
Em fevereiro, o ex-governador Sérgio Cabral exonerou Zaqueu Teixeira (PT), antigo titular da Assistência Social e Direitos Humanos. Além dele, o secretário de Ambiente Carlos Minc, também do PT, saiu do governo, depois que o partido apresentou Lindberg Farias (PT) para concorrer ao cargo de governador do estado. As pastas foram então usadas para acomodar partidos aliados ao PMDB na campanha eleitoral.
A apresentação da chapa de Lindberg provocou insatisfação do PMDB do Rio, dirigido pelo deputado eleito Jorge Picciani. A ferida ainda não foi cicatrizada pelo partido, segundo o governador Pezão já declarou em entrevistas à imprensa. Tudo isso, apesar de sua relação com o PT nacional, representado pela presidenta Dilma Rousseff.
Pedro Fernandes é cotado para permanecer na Assistência Social. Adriana Rattes vai deixar o governo.
Foto: Arte: O Dia
Pedro Fernandes não quis confirmar o convite e diz que tem trabalhado na sua próxima gestão na Alerj. Mas fontes ligadas ao deputado já declararam que ele tem grande interesse por continuar na pasta. Quem assumiria seu lugar na Alerj seria o seu suplente e chefe de gabinete, Abelardinho.
Na terça-feira, o governador Pezão anunciou a saída da secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes. Segundo o governador, a secretária pediu para sair por conta de projetos pessoais. Ele complementou que ainda não há um nome para substituir a titular da Cultura. “Vai sair sim. Não temos nome nenhum. Vou começar a conversar com o setor da cultura, como estamos fazendo com os outros setores. Ela que pediu. Recebeu uma proposta e está cansada. Oito anos no governo não é fácil. Todo mundo cansa. É hora de oxigenar também. Vamos atender ao desejo dela”, disse Pezão.

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